O ProHArt, no momento, dispõe de 16 aparelhos de MAPA (DynaMAPA-Cardios), sendo realizados 64 exames por semana.

A MAPA, realizada num período de 24 horas, sem interferência direta do observador e do meio, permite a avaliação mais precisa dos níveis tensionais, registro das variações da PA durante o período de vigília e de sono, avaliação do ritmo circadiano e diagnóstico do fenômeno do jaleco branco. É considerado, portanto, o método mais eficaz na identificação e acompanhamento de pacientes hipertensos resistentes pela dificuldade do controle da PA, grande magnitude do efeito do jaleco branco e alta morbimortalidade cardiovascular.

 

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cardio sistemas

 

Parâmetros avaliados na MAPA e critérios de normalidade
- Médias da pressão arterial sistólica e diastólica de vigília, sono e 24 horas:
Média aritmética de todas as medidas válidas obtidas na vigília, no sono e nas 24 horas da pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD).

 

 

PA sistólica

PA diastólica

24 horas

< 130 mmHg

< 80 mmHg

Vigília

< 135 mmHg

< 85 mmHg

Sono

< 120 mmHg

< 70 mmHg

 

Descenso noturno sistólico e diastólico.

Percentual de redução da pressão arterial do sono em relação à de vigília. Esta queda fisiológica da PA durante o sono é conhecida como descenso noturno. Os indivíduos que apresentam valores entre 10 e 20% são denominados de “dippers”. Pacientes que têm descenso noturno menor que 10% ou elevação da PA noturna, são classificados como “não-dippers” e “dippers” reversos, respectivamente. O descenso noturno > 20% caracteriza o “dipper” exacerbado. Estudos na literatura sugerem um pior prognóstico nos indivíduos que apresentam estes três últimos padrões.

Alguns fatores podem estar relacionados ao padrão não “dipper”, entre eles, a apnéia do sono, presença de disautonomia e diabetes.

- Pressão de pulso
É a diferença entre a PAS e a PAD na vigília, sono e 24 horas. A pressão de pulso (PP) vem sendo considerada um dos principais preditores de risco cardiovascular, principalmente quando associada à PAS elevada. A variabilidade da PA atuando sobre a complacência e a distensibilidade arterial teria um efeito deletério sobre a parede da artéria favorecendo o processo aterogênico.

A primeira consequência da PP alargada é que o aumento da PAS aumenta o esforço sistólico final e isto estimula o desenvolvimento de hipertrofia ventricular esquerda (HVE), aumentando a demanda do miocárdio por oxigênio. A segunda consequência é que com a diminuição da PAD, a perfusão coronariana fica comprometida, aumentando o risco de isquemia miocárdica.

Não há definição dos critérios de normalidade para a interpretação clínica deste parâmetro, variando em diferentes estudos entre 50 e 60 mmHg.

Principais indicações:
1. Hipertensão do jaleco branco
2. Hipertensão Arterial Resistente
3. Avaliação de eficácia terapêutica
4. Diagnóstico de hipertensão arterial limítrofe
5. Hipertensão mascarada (valores normais de PA de consultório com elevação dos níveis tensionais na MAPA)
6.Avaliação de sintomas, principalmente, hipotensão.

 

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Artigos publicados pelo grupo em MAPA

  • Muxfeldt ES, Bloch KV, Nogueira AR, Salles GF.Twenty-four hour ambulatory blood pressure monitoring pattern of resistant hypertension. Blood Press Monit. 2003 Oct;8(5):181-5.
  • Muxfeldt ES, Bloch KV, Nogueira Ada R, Salles GF. True resistant hypertension: is it possible to be recognized in the office? Am J Hypertens. 2005 Dec;18(12 Pt 1):1534-40.
  • Muxfeldt ES, Fiszman R, Castelpoggi CH, Salles GF. Ambulatory arterial stiffness index or pulse pressure: which correlates better with arterial stiffness in resistant hypertension? Hypertens Res. 2008 Apr;31(4):607-13.
  • Muxfeldt ES, Salles GF. Pulse pressure or dipping pattern: which one is a better cardiovascular risk marker in resistant hypertension? J Hypertens. 2008 May;26(5):878-84.
  • Salles GF, Cardoso CR, Muxfeldt ES. Prognostic influence of office and ambulatory blood pressures in resistant hypertension. Arch Intern Med. 2008 Nov 24;168(21):2340-6.
  • Muxfeldt ES, Cardoso CR, Salles GF. Prognostic value of nocturnal blood pressure reduction in resistant hypertension. Arch Intern Med. 2009 May 11;169(9):874-80.
  • Muxfeldt ES, Cardoso CR, Dias VB, Nascimento AC, Salles GF. Prognostic impact of the ambulatory arterial stiffness index in resistant hypertension. J Hypertens. 2010 Jul;28(7):1547-53.
  • Muxfeldt ES, Fiszman R, de Souza F, Viegas B, Oliveira FC, Salles GF. Appropriate time interval to repeat ambulatory blood pressure monitoring in patients with white-coat resistant hypertension. Hypertension. 2012 Feb;59(2):384-9. Epub 2012 Jan 3.
  • Cardoso CR, Leite NC, Muxfeldt ES, Salles GF. Thresholds of ambulatory blood pressure associated with chronic complications in type 2 diabetes. Am J Hypertens. 2012 Jan;25(1):82-8. doi: 10.1038/ajh.2011.168. Epub 2011 Sep 29.
  • Salles GF, Teixeira GB, Leite NC, Muxfeldt ES, Cardoso CR. Uncontrolled isolated office hypertension is associated with subclinical markers of cardiovascular disease in hypertensive type 2 diabetic patients. Hypertens Res. 2010 Aug;33(8):819-24. Epub 2010 Jun 10.
UFRJ ProHArt - Programa de Hipertensão Arterial Resistente
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